terça-feira, 9 de setembro de 2008


Um misto de opostos... Antítese. A palavra é pequena para traduzir-me em essência e, assim, o que fica é muito mais do que eu suporto.
Como as folhas secas que caem, mas permanecem no jardim, as lembranças não são varridas por completo de minh’alma. É necessário o processo de decomposição, para que o novo solo seja fecundo. Mas adubá-lo com aquilo que um dia foi vida é demais para mim. Já falei que assim não posso, não consigo. Por que deveria? Que sou eu, agora, a mais que os outros para que queiras que eu, heroicamente, sacrifique a força que me falta?
Não poder acreditar me destrói. Por
que ao mesmo tempo adaptar-me é custoso.
Sobreviver a si mesmo é o maior custo.